sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Há gosto. À gosto. Agosto.

Eu precisava mesmo mudar. A verdade é que eu já não aguentava mais aquela rotina. 
O problema não era com a minha família, ou com os meus velhos amigos, o problema era comigo. Sentia como se a cada dia eu fosse menos eu, mesmo sem saber quem eu realmente era. Sempre tive a impressão de que a qualquer minuto, a minha vida daria um giro de trezentos e sessenta graus, mas jamais poderia imaginar que seria de uma forma tão simples e natural. 
A única coisa que lembro, é de acordar questionando todas as minhas certezas, sem haver dúvidas de que aquilo era o certo, se é que existe certo ou errado. 
No começo eu tive medo de que o meu coração estivesse blefando, o que é normal quando se tem menos de vinte anos, mas eu não achava indícios, nada que me provasse o contrário. A gente nunca sabe quando o amor vai surgir, e então, quando descobre a existência dele, fica quase sem reação. Comigo não foi diferente, eu estava ali, inerte, esperando que o destino tratasse de cumprir a sua parte, já que foi ele quem cruzou o meu caminho com o de alguém que eu jamais poderia imaginar. E assim ele fez. 
Da maneira mais pura e linda possível, como se já aguardasse por esse momento desde o nosso nascimento. Já não havia mais o que temer ou resistir, e foi assim que eu descobri a intensidade das coisas. Coisas das quais me orgulho em ter descoberto com você. 
Como o desejo de ser um só quando se ama muito alguém. Ou a maneira sobrenatural como unimos corpos e corações. Em meio a tudo isso, nós. Quando é pra ser, não adianta se acovardar. A melhor forma de amor é aquela em que dois estão dispostos a amar. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário