segunda-feira, 1 de julho de 2013

Quatro

Elementos podem ser simplesmente elementos, ou talvez peças de um quebra-cabeça, compondo dramaticamente a minha vida.
Eu sigo o fluxo, acompanho os rios, pulo algumas ondas, outras me acertam e até nado contra a maré, mas não me canso de transbordar.
Me pego pensando se a terra onde piso é fértil. Momentos em que a esperança da colheita se confunde com a falta de fé antes mesmo da plantação. Afinal, piso em terra árida?
O que mais me surpreende, é a quantidade de pessoas que enxergam a fumaça, mas preferem fingir que não há fogo. Não jogam água, nem gasolina, apenas observam. Será por medo de se queimar?
Às vezes a brisa é leve, noutras pesada, mas a verdade é que pesco no ar mais coisas do que cabe em mim.
Vou juntando as peças, o importante é não deixar buracos, já que não quebrar a cara é o mesmo que não formar o quebra-cabeça.

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