Hoje eu acordei com uma ânsia de ser pleno. Sim, de estar cheio, completo, quiçá transbordando.
Pensei na vida, tomei café, me joguei no sofá e tentei não entrar numa crise existencial.
Reavaliei meus sentimentos, percebi que realmente não estava nada próximo da plenitude.
Resolvi então pensar à longo prazo, já que os meus dezoito anos de experiência pareceram não ter valido de nada, ou melhor, valeram sim, quer dizer, estou confuso demais pra ter certeza.
Eu nem tenho tanta ambição na vida, busco apenas por uma nova cidade, novos amigos, um emprego que me traga felicidade e orgulho à minha família. Então um dia eu vou (re)encontrar a mulher da minha vida e talvez a gente se case na praia, ou num sítio. Teremos um apartamento, mas se ela preferir uma casa tudo bem. Teremos dois filhos, os mais lindos do mundo. Serei um bom pai e os meus filhos serão combustível pra que eu toque a vida sempre que a melancolia resolver me visitar. Talvez eu aprenda a tocar violão, e faça serenata pra minha esposa pelo menos uma vez por semana, acho que é possível. Nos fins de semana em que eu não estiver trabalhando, meus filhos e eu viremos para a casa da vovó mais fofa, a minha mãe, mas a minha esposa pode visitar os pais dela se achar melhor. Quase me esqueci que também teremos um cachorro, acho que não citei ele antes por medo de me apegar, geralmente têm vida curta.
Preferi parar por aqui, o tempo é injusto e me tiraria muitas coisas, pessoas, sonhos. A tão sonhado plenitude, voltaria a ser lenda.
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