domingo, 18 de janeiro de 2015

Parafraseando Renato Russo, que parafraseou Camões, que parafraseou a Bíblia, que parafraseou o Amor.

Eu que mal falava a língua dos homens, 
conheci a língua dos anjos. 
Agora sei que sem amor eu nada sou, 
eu nada fui, 
eu nada serei.

Nesse mesmo amor que me fez vivo,
descobri a morte.
Essa morte que quase não é percebida,
mas quem sente,
sabe da intensidade de sua presença.

Escolhi a algema que aparentava mais beleza,
pra me algemar e jogar fora a chave.
Por mais que eu quisesse, 
não seria fácil reencontrar.
Nessa prisão, 
os presos estão em celas por própria opção. 

Tarde demais para medicar as queimaduras.
Tarde demais para tratar as feridas.
Tarde demais para dizer que nem sempre é feliz.
Tarde demais para dizer que dói.
Doeria muito mais, 
se não fosse por amor.

Quem nos vê de fora, 
vê em partes.
Só nós nos vemos face a face.

Eu que mal falava a língua dos homens,
conheci a língua dos anjos.
Agora sei que sem amor eu nada sou,
eu nada fui,
eu nada serei.




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